sexta-feira, 17 de julho de 2009

Hegel, Shopenhauer,Kierkegaard, Nietzsche


HEGEL

Jorge Guilherme Frederico Hegel nasceu em Estugarda no dia 27 de agosto de 1770, estudou com afinco assuntos relacionados à religião e filosofia. Filho de família rica dedicou sua vida quase que totalmente aos estudos, lecionou em algumas universidades em Jena, Heidelberg e Berlim, morreu em 1831, vitima de cólera. Seus escritos obtiveram sucesso após sua morte, pois eram considerados de difícil compreensão, houve uma maior divulgação por parte de seus discípulos.

A femonologia do Espírito: foi a primeira obra filosófica importante de Hegel, e tem como objetivo conduzir o individuo do estado de ignorância ao de saber, isto é, à compreensão científica e completa do espírito, não por meio do estudo de um complexo mais ou menos vasto de eventos, de matérias ou de doutrinas, mas percorrendo de novo os vários graus de consciência de si que o espírito adquire no seu desenvolvimento histórico.

Princípios fundamentais do sistema hegeliano: a intenção de Hegel é um sistema rigoroso científico, isto é, um sistema que aproveite todos os dados inegavelmente adquiridos pelas ciências. Em primeiro ligar são apontados dois princípios lógicos: o de identidade e do real e o de contradição. O princípio de identidade do ideal e do real afirma que “tudo que é racional é real e tudo que é real é racional”, sendo assim, pensamento e coisa não podem ser entendidos como esferas opostas. O princípio de contradição diz que não existe nada seja idêntico a si mesmo, mas que tudo está sujeito à dialética da afirmação e da negação. No princípio da mediação, Hegel diz que o absoluto nunca se manifeste imediatamente, forma parcial e progressiva. No principio da relação Hegel diz que “tudo na história tem significado somente pela sua relação com algum fato geral e pela sua ligação com ele”.

O método: a Dialética - segundo Hegel, o único método para estudo de uma realidade em perpétuo de é o da dialética. Os diálogos de Platão constituem o exemplo deste método: um personagem afirma uma teoria, o outro a nega e, através do diálogo desenvolve-se uma opinião a respeito da qual os interlocutores terminam concordando. A dialética possui três momentos: tese – afirma uma parte da realidade, negando implicitamente uma outra, porque toda afirmação inclui uma negação, antítese – afirma uma pela tese e pela antítese, anulando, assim, as imperfeições dos momentos anteriores, conversando somente a positividade deles.

SCHOPENHAUER

Arthur Schopenhauer nasceu aos 22 de fevereiro de 1788, em Dantzig, seu pai era banqueiro e a mãe escritora. Laureou-se filosofia na Universidade de Iena em 1813, em 1819 publicou sua obra mais importante: O mundo como vontade e representação, morreu em 1860.

Schopenhauer foi um dos primeiros críticos do idealismo, em particular de Hegel, ele dá forma sistemática à sua visão pessimista da realidade em sua principal obra. Hegel afirma que a realidade suprema não é a idéia, a razão, o pensamento, mas uma vontade cega.

Segundo Schopenhauer para conseguir os seus fins a vontade se serve, nos seres inferiores, do instinto; no homem, a razão do homem está a serviço da irracionalidade da vontade universal, e, por isso, a racionalidade que o homem apreende nas coisas é totalmente ilusória. A própria razão é um engano da vontade universal; ela nos faz crê que temos valor pessoal, que somos livres, que procuramos a nossa felicidade, mas, na verdade, ela, a vontade universal, serve-se de tudo isto para conseguir seus fins relativos à conservação e ao progresso da espécie humana.

Segundo ele tudo o que parece bom, belo, agradável e amável ao homem é ilusão e engano: confirma-o fato de jamais alcançarmos a felicidade. A doutrina pessimista schopehaueriana se apresenta motivada como reação ao idealismo hegeliano, em nome dos aspectos irracionais e fatalistas da realidade.

Mas também a formula oposta, derivada da primeira, “todo real é irracional”, é construtiva e unilateral. Nas coisas encontram-se racionais e irracionais: notam-se nelas tanto o bem como o mal; na realidade a riqueza é tal que formulas simplistas, como as do otimismo e do pessimismo, não conseguem esgota-las. O otimismo de Hegel e o pessimismo de Schopenhauer são pontos de vista extremos, que manifestam cada um, apenas um aspecto da realidade.

KIERKEGAARD

Sétimo filho de um casamento que já durava muitos anos, Kerkegaard nasceu em 1813 quando seu pai, rico comerciante de Copenhague, tinha 56 anos e sua mãe 44, chamava a si mesmo de filho da velhice e teria seguido a carreira de pastor caso não houvesse se revelado um estudante indisciplinado e boêmio. Trocou a Universidade e Copenhague, onde entrara em 1830 para estudar filosofia e teologia, pelos cafés da cidade, os teatros, a vida social.

Em 1837, com a morte do pai e o relacionamento com a noiva Regina Oslen, que a sua vida mudou, o noivado em particular exercia uma influencia decisiva em sua obra, a partir daí seus textos tornaram-se mais profundos e seu pensamento mais religioso. Em 1840 ele conclui o curso de teologia, e um ano depois apresenta “Sobre o conceito de Ironia” sua tese de doutorado.

Publicou textos importantes em 1843, como A Alternativa, Temor e Tremor e a Repetição e em 1844 saem Migalhas Filosóficas e o Conceito de Angustia e um ano depois é editado As Etapas no caminho da vida e em 1846 o post-scrinptum as Migalhas Filosóficas. A maior parte desses textos constitui uma tentativa de explicar a Regina e a ele mesmo, os paradoxos da existência religiosa.

Em 1849, publicou Doença Mortal e em 1850, Escola do Cristianismo, em que analisa a deterioração do sentimento religioso.

A posição de Kierkegaard leva algumas pessoas a levantar dúvidas a respeito do caráter filosófico de seu pensamento. Para eles, trata-se muito mais de um pensador religioso do que um filósofo.

NIETZSCHE

Friedrich Nietzsche nasceu em Rocken, na Alemanha, no dia 15 de outubro de 1944. Estudou filosofia nas Universidades de Bonn e Lípsia. Lecionou por algum tempo em Brasiléia, mas por motivos de saúde renunciou a cátedra em 1879.

A base do pensamento filosófica de Nietzsche é o conceito da realidade como explosão de forças desordenadas, sem nenhuma lei, sem nenhum controle. Segundo Nietzsche, ao contrario do que pensavam Hegel e Shopenhauer, o homem não deve procurar o aniquilamento pessoal, mas a máxima afirmação de si mesmo contra qualquer obstáculo, repressão ou coação, e a plena realização de todos os valores dos quais a natureza humana é capaz. Sendo assim, para Nietzsche o homem não pode desenvolver integralmente estes valores enquanto acreditar na existência de Deus e se curvar a vontade divina, o seu pensamento se desenvolve numa violência e implacável reação contra a religião em geral e contra o cristianismo em particular. “Deus está morto” é o evangelho de Zaratustra, o rei de Netzsche.

Em 1882 publicou “A alegre ciência”, da qual esperava grande sucesso, mas a obra passou quase despercebida. Essa desilusão somada a outra, mais grave ainda, causada por uma aluna, com a qual ele queria casar-se, mas que não correspondeu ao seu amor, agravaram rapidamente a sua enfermidade mental. Mas antes de ficar totalmente louco, Nietzsche já havia terminado as suas obras mais importantes: Além do bem e do mal (1885), A genealogia da moral (1887), Assim falou Zaratustra (1891). A fama de Nietzsche começou a se difundir justamente quando encerrando em sua loucura, não podia mais tomar conhecimentos dos fatos. Morreu em 25 de agosto de 1900.

A doutrina de Nietzsche, no que se refere ao homem forte, teve sua face de predominância entre as duas guerras mundiais, especialmente pela atuação de Hitler e Mussolini. O principal ídolo polêmico combatido por Nietzsche é o de uma moral onde dizia que nenhum homem pode delegar a outro o direito de decidir sobre sua conduta.

Um comentário:

  1. Disse Nietzsche: Deus esta morto, mas não inexistente, logo existe um cadáver, e como Deus é espirito, logo ele vive como espirito.

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