quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sócrates e Platão

Sócrates
Sua vida e ensinamentos: Sócrates foi um filósofo grego cujos ensinamentos formaram a base da filosofia ocidental.

Considerado um dos maiores gênios de todos os tempos, se tornou famoso por ver a filosofia como sendo necessária para todas as pessoas inteligentes.

Sócrates permaneceu na historia como exemplo de um homem que viveu de acordo com seus princípios, mesmo que esses o custassem sua vida. Sua vida: Sócrates nasceu em Atenas em 470 a.C. Seu pai, Sofroniscus, era escultor. De jovem, Sócrates tentou seguir o mesmo caminho. Sócrates recebeu uma educação elementar em literatura e música. Não se sabe ao certo quem foram seus professores de filosofia. O que se sabe é que Sócrates conhecia as doutrinas de Parmênides, Heráclito, Anaxágoras e dos Sofistas. Serviu o exército e lutou bravamente na Guerra da Peloponeso e em várias outras batalhas. Desde jovem Sócrates ficou conhecido pela sua coragem e também pelo seu intelecto. Viveu durante os anos dourados de Atenas, ele era casado com Xantipe e teve três filhos. Sócrates ensinava a filosofia voluntariamente, ele nunca cobrou por aulas, ensinava em lugares públicos e argumentava com qualquer pessoa que o escutasse ou submetesse as suas perguntas. Sócrates acreditava que sua missão era procurar o conhecimento sobre a conduta correta pela qual ele poderia guiar uma melhora intelectual e moral dos cidadãos de Atenas. Pautava sua vida no conhecimento e procurava poetas, políticos, artistas, entre outros. Falava com as pessoas e chegou à conclusão que nenhuma delas era sábia. Acreditava na superioridade da fala sobre as palavras escritas. Ele criticava a palavra escrita chamando-a de artificial, em vez de viva, dizendo que não se podem fazer perguntas a uma palavra escrita. Os ensinamentos de Sócrates que encontramos atualmente foram escritos por seus discípulos. Para ensinar Sócrates usava o método conhecido atualmente como Diálogo Socrático, onde ele trazia conhecimentos aos seus alunos através de uma série de perguntas, analisando as respostas e fazendo mais perguntas. Com isso ele guiava o aluno ao descobrimento do conhecimento. Sócrates passava horas discutindo virtude e justiça entre outros tópicos em praça pública. Em 399 a.C. Sócrates com 70 anos foi julgado e condenado por corrupção de jovens e por não acreditar nos deuses da cidade. Sua obra: Sócrates foi inovador no método e nos tópicos em que ele abordou. Sua contribuição à filosofia ocidental foi essencialmente de caráter ético. Sócrates se concentrou no problema do homem, buscando respostas para origem da essência humana. Chegou à conclusão que o homem é a sua alma, ou seja, o seu consciente; o que o distingui como homem. O homem é a sua, razão seu intelecto, seus conceitos éticos, sua personalidade intelectual e moral e sua consciência. Sócrates focava sua busca em como viver uma vida correta. Ele não explorou áreas da filosofia como a natureza, a origem do Universo, ou até religião. Sócrates dizia que aqueles que estudavam o ser humano podiam aplicar seu conhecimento para uma automelhora ou para melhorar os outros. Alguns exemplos dos tópicos explorados por Sócrates são: O que é o bonito? O que é justo? O que é coragem? O que é injusto? O que é governo? Prazer? Excesso? Luxuria? Etc...
Platão

Platão nasceu em Atenas, em 428 a.C. e morreu 347 a.C. Na exposição da filos
ofia de Platão pode-se dar preferência aos aspectos diferentes, como o metafísico, o ético, o epistemológico. São posições legítimas, porque tais aspectos são fundamentais para Platão. Para Platão o enfoque metafísico é o mais condizente com o seu pensamento, porque está mais de acordo com a concepção clássica da filosofia, que tinha como objetivo principal o estudo da “causa primeira”. E seguida porque, com a teoria das Idéias, Platão parece ter-se considerado em condições de resolver todos os problemas filosóficos. Dialética platônica e método dos geômetras: A dialética platônica caminha noutro sentido. Procura explicar a situação atual do Universo e dos seres, não por meio de uma situação anterior, mas por meio de causas intemporais, que explicam sempre por que cada coisa é o que é. Que consiste basicamente no seguinte: tendo um problema, levanta-se uma hipótese para resolvê-lo, se ela parecer satisfatória, passa-se então a verificar se ela se sustenta a si mesma ou se supõe outra hipótese mais geral e assim sucessivamente. Cria-se desse modo, uma cadeia de hipóteses interdependentes, que buscam uma sustentação última, portanto uma não-hipótese que se baste a si mesma e que sustente no final como que “do alto” todas as hipóteses que lhe estão subordinadas. Platão na verdade com isso está adotando um método explicativo típico da matemática: o método dos geômetras. O mundo das Idéias: Como principal conseqüência da utilização do “método dos geômetras” Platão propõe que se afirme hipoteticamente a existência de “formas” ou essências” ou “idéias”, que seriam os modelos eternos das coisas sensíveis. Essas essências seriam incorpóreas e imutáveis, existindo em si mesmas. Embora Platão as chame também de “idéias”, elas não existem na mente humana, como conceitos ou representações mentais: ao contrário, existem em si, nem nos objetos (de que são modelos), nem nos sujeitos (que conhecem esses objetos). A Doutrina da Reminiscência: Uma das coisas mais extraordinárias da filosofia platônica é a doutrina da reminiscência. Segundo ele o nosso conhecer é recordar. Ocasião para isso é o encontro com as coisas deste mundo, as quais são cópias das Idéias. Na economia geral do sistema de Platão, a doutrina da reminiscência exerce três funções muito importantes: fornece uma prova da preexistência, da espiritualidade e da imortalidade da alma; dá valor ao conhecimento sensitivo, reconhecendo-lhe o mérito de despertar a recordação das Idéias. O Conhecimento: A realidade segundo Platão, é constituída de dois estratos, um estático e o outro dinâmico. Consequentemente na epistemologia, ele dá valor tanto ao conhecimento intelectivo quanto ao sensitivo: ao intelecto, para o mundo das Idéias, ao sensitivo para o mundo sensível. Segundo Platão à distinção radical existente no mundo da realidade entre as coisas e as Idéias corresponde, no mundo do conhecimento, uma distinção igualmente radical entre sensações e intelecção. Em primeiro lugar, porque os sentidos é o mundo sensível; do intelecto, o mundo ideal. Em segundo lugar, porque os sentidos podem, no máximo, chegar a formar uma opinião (dóxa) sobre seu objeto; ao passo que o intelecto produz um verdadeiro conhecimento (episteme), um conhecimento universal. O objetivo do filósofo segundo Platão, é conhecer as formas perfeitas e instruir os demais para este conhecimento.

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